20 de fevereiro de 2015

Convidado especial


Em 2006 comemoraram-se vários aniversários do nascimento de personalidades de enorme relevo. Por exemplo, os 400 anos de Rembrandt, os 250 anos de Mozart, os 200 anos de John Stuart Mill ou os 100 anos de Beckett e de John Houston.
Comemorar essas datas pode ser um belo pretexto para recordar, reler, re-ouvir, rever. Mas os admiradores de sempre podem fazê-lo todos os dias, sem precisar de pretexto. Porém, não temos a vida toda para beber um vinho de 2006. Há um tempo ideal para o beber, embora não seja possível fixá-lo taxativamente. De qualquer modo, oito ou nove anos pode aproximar-se do limite para o beber, se era vinho em que a guarda se aconselhava.

Este Herdade dos Grous Reserva 2006, trazido por um bom amigo, (14,5%, feito com Alicante Bouschet, Syrah e Touriga Nacional, 1.° Prémio do Grande Concurso “Os Melhores Vinhos do Alentejo” da Confraria dos Enófilos do Alentejo, em 2007) provou que o seu tempo tinha chegado e que era o momento de transmitir toda a riqueza guardada em si. Magnífico, com  a madurez de um grande senhor, bastante concentrado, tão elegante quanto robusto, provou que vale a pena não cair na tentação de beber imediatamente alguns vinhos.

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