18 de abril de 2014

Salada de pato


Para a salada de pato – feita pelo chef:
alfaces variadas
pato, previamente temperado e cozido
amoras
queijo chèvre
rebentos de rabanete
tiras fininhas de presunto
croutons de tomate e orégãos
azeite e vinagre balsâmico

Para a entrada – feita pela cozinheira assistente mais nova:
fatias de pão barradas com azeite alho e orégãos
rodelas de tomate
queijo mozarella
orégãos e azeite para regar
vai ao forno



Sexta-feira Santa


17 de abril de 2014

Escrito no éter – Crónica de Maria de Lourdes Modesto

O Arroz Doce e os Casamentos.

“E se, de repente”, tocarem à campainha e ao abrir a porta, deparar com uma moçoila acompanhada da Mãe e do noivo, que lhe oferece um prato de arroz doce com as iniciais do seu nome desenhadas a canela…desconfie. Esta amabilidade, pode ser simples aparência e esconder um interesseiro convite para um casamento ou, ainda pior, ser apenas a participação do mesmo, o que não desobriga a retribuir a oferta da mais portuguesa das doçuras. Dias depois o prato será recolhido, e, se não quer fazer má figura, a ele juntou algumas notas, ainda que seja a contragosto. Este risco correm os que moram para os lados de Coimbra onde este costume ainda é prática corrente.
De tanto ouvir falar em casamentos abençoados por Santo António, e dos que sei que depois virão de longe com os nossos conterrâneos – para os quais casar, casar é só na nossa terra –, tanto casório levou-me a pensar no obrigatório arroz doce da festança e na dificuldade em acertar na receita que a maioria apreciará. Gostaria de dar aqui uma ajuda, mas sei que isso é praticamente impossível. Há quem só goste dele amarelo como o oiro e os que só se satisfazem com o branco como a neve; para alguns, tem que ser cremoso a lembrar o “malandrinho doce”, para outros, só vale o que se corta à faca e se come à mão, à laia de piza, como é de uso em Alcochete. Todos exigem unanimemente ser artisticamente bordados a canela.
Peço licença para deixar aqui o que mais aprecio e que é justamente o que obriga a retribuição

ARROZ DOCE À MODA DE COIMBRA    
(para 12 pessoas)

150g de arroz carolino
3 litros de leite
200g de açúcar
4 tiras de casca de limão
canela em pó.

Ferva o leite com a casca de limão e deixe de infusão. Entretanto, leve um tacho ao lume com 5 dl de água (sem sal) deixe levantar fervura e adicione o arroz. Deixe cozer 3 a 4 minutos. Agora, pouco a pouco, vá adicionando o leite quente e mexendo sem parar, como se estivesse a fazer um rizoto. Só que neste caso, o arroz leva cerca de 1 hora a absorver o leite. Junte o açúcar e deixe ferver um pouco mais. Deite o arroz doce em pratos ou travessa, deixe arrefecer e enfeite com canela em pó.

Como tenho a pretensão de lhes ter passado a melhor receita de Arroz Doce, fico à espera do envelope.


(convidada deste blog)

1 de abril de 2014