30 de maio de 2013

Peras em vinho tinto


Peras em vinho tinto

8 peras médias rijas
vinho tinto (1 pacote de 1 litro de vinho corrente)
açúcar
2 ou 3 pau de canela
casca de limão

Descasque as peras, mas mantenha o pé.
Coloque-as num tacho, e regue com o vinho (uma boa quantidade, mas não precisa de cobrir as peras) ao qual juntou um pouco de água.
Acrescente o açúcar, os paus de canela e a casca do limão.
Durante a cozedura, volte as peras algumas vezes para garantir que todos os lados absorveram o molho.
Deixe cozer até que a polpa fique macia.
Retire as peras com cuidado e coloque-as numa taça. De seguida leve o molho a ferver até ficar com a consistência de um xarope não muito grosso.
Junte este xarope às peras.

Acompanhe com o Real Pão de Ló, fica divinal!



29 de maio de 2013

Sacos ao Quadrado Verde Azeitona








Experiências com azeite


Vi algures a imagem de uma embalagem de azeite com manjericão e azeite com casca de laranja.
O manjericão é muito apreciado cá em casa, e o azeite também.

Resolvemos experimentar. Já passaram mais ou menos 20 dias do dia em que preparámos estes frascos, e o azeite de manjericão está fantástico e que bem que cheira! O de laranja ainda não foi provado.

É muito fácil, basta juntar as folhas de manjericão frescas e casca de laranja cortada em tiras.


27 de maio de 2013

Peitos de frango recheados com queijo


Peitos de frango recheados com queijo

peitos de frango
queijo Boursin com alho e ervas
tiras de bacon
sal e pimenta preta
limão
manteiga
natas

Tempere os peitos de frango com bastante antecedência com sal, pimenta e sumo de limão. Deixe no frigorífico até à hora de preparar.
Sobre uma tábua, abra cada peito ao meio na horizontal, fazendo uma bolsa.
Dentro dessa bolsa coloque um pouco de queijo Boursin.
Feche o peito, enrole-o em 2 tiras de bacon e ate com cordel de cozinha.
Coloque os peitos bem juntos, num recipiente próprio para ir ao forno. Por cima dos peitos coloque um pouco de manteiga. Vão ao forno médio.
Junte a marinada do tempero com as natas e com um pouco de queijo, e leve ao lume a ferver, batendo sempre para fazer um molho.
Tire o cordel antes de servir. Salada, tomate, massa acompanha bem.



25 de maio de 2013

A minha vizinha de cima* – crónicas 6


A minha vizinha de cima é funcionária pública por afinidade. O que significa que é casada com um funcionário público. Desde há muitos anos que essa ideia tépida lhe conforta a existência.

O serviço do marido – num ministério pesado – proporcionou-lhe um regular círculo convivente, no qual introduziu uma cunhada e uma amiga da cunhada, relacionada com a família de um actor que já entrou em várias telenovelas.

Encaixou perfeitamente naquele pequeno mundo do funcionalismo, tão entranhado e tão de acordo com a sua ordenação do mundo: discute as chefias, conhece os processos, as fraquezas e os fracassos, as injustiças e os golpes, as teias de tricas, sabe quem disse o quê e o que ficou por dizer.

Discute os cortes nos subsídios da Bertília, da Sandra, da Carla Sofia, do Sr. Raúl, do Venceslau e da pequena Andreia, tão querida. Não percebe como é que o Castro trocou de carro, nem como é que a lambisgóia da Flávia consegue comprar tanta roupa nova de marca. Sabe que o Dr. Henriques e a Maria do Céu, que é casada, têm um caso. Sabe que o Timóteo, o preto, apõe sempre com um esgar de desprezo, tem duas mulheres. Sabe que especialidade médica frequenta a Lena e a verdadeira razão da baixa da Tininha. Tem um ódio mortal ao jovem Hélder, o que andou a estudar à noite, vai a restaurantes, e teima em ficar no serviço fora de horas a despachar assuntos pendentes. Conhece todos os desaires dos filhos e filhas de todos os que se cruzam no elevador principal do serviço.

Tanto conhecimento deixa-a a arfar de indignação.

Ao mesmo tempo que domina o serviço – seria capaz de o dirigir a qualquer instante –, e já não vive sem ele, paradoxalmente, abomina-o. E acrescenta a todos os seus motivos, um outro motivo secreto.

É que, por coincidência, nenhum dos seus filhos se dá com filhos de funcionários públicos. Quase todos os pais e mães dos amigos dos filhos estão desempregados, ou montaram um negócio, alguns com sucesso visível, ou têm profissões liberais, ou trabalham no sector privado. E, entre eles, a minha vizinha de cima sente-se perdida.




Jorge Colaço
(convidado deste blog)

* Qualquer semelhança das personagens destas crónicas com pessoas existentes é pura coincidência. 

22 de maio de 2013

À espera do Verão


O churrasco do post 2 coelhos de uma cajadada só! foi um bom pretexto para fazer uma prova de vinho rosé. A nossa escolha foi:

Periquita, 2012, Setúbal, Castelão, Aragonês e Trincadeira;
Bombeira, 2011, Alentejo, Trincadeira, Syrah e Cabernet Sauvignon
Vallado, 2012, Douro, Touriga Nacional.

Elegantíssimo, o Vallado foi um excelente aperitivo: leve, floral, um rosé feito com sabedoria. Um vinho a repetir nos finais de tarde de dias quentes.
O Bombeira do Guadiana, mais robusto e intenso, mas sem deixar de ser elegante, aguentou-se bem com os grelhados, e certamente virá de novo à mesa.
O Periquita não correspondeu de igual modo, por comparação, sem deixar de ser agradável. Parece indicado para refrescar, na esplanada, sem compromissos com uma refeição.


19 de maio de 2013

World Baking Day

O desafio do blog Cantinho da Somi, para comemorar o World Baking Day, levou-me a fazer um bolo que, tradicionalmente, se fazia sempre em casa da minha avó quando alguém, dos mais pequenos, fazia anos.

É o Bolo das 3 cores.



Para a massa do bolo, eu escolhi uma massa simples mas deliciosa, de que já deixei aqui a receita do Bolo Sintra (Formidável).

250 grs de açúcar
200 grs de farinha
125 grs de manteiga
2 dl de leite
2 ovos inteiros
1 colher de sopa de fermento

A quantidade da massa é que depende do tamanho das formas, e para as 3 formas iguais que tenho fiz 2 receitas (22cm de diâmetro). É preciso ter a noção da porção de bolo que a massa faz.

Depois da massa pronta, divide-se em 3 porções.
À primeira acrescenta-se chocolate em pó, à segunda corante alimentar cor-de-rosa e a terceira fica como está.

Recheia-se entre camadas de bolo com ovos moles, e no final cobre-se com um creme glacé: claras batidas com açúcar e um pouco de sumo de limão.

Se for "jeitosa(o)" decore o bolo com um saco de pasteleiro, eu tentei, mas o resultado à vista não foi brilhante!! Pelo contrário, no sabor e na textura ficou óptimo.

16 de maio de 2013

2 coelhos de uma cajadada só!

O nome deste post foi escolhido porque:
O primeiro coelho foi para a final Benfica-Chelsea, com um resultado "embruxado" para o Benfica.
O segundo coelho, é dedicado à 2.ª edição do projecto "A escolha do ingrediente" do blog Tertúlia da Suzy, e do blog anfitrião A Madeirense Carla Sofia, com o ingrediente Carne de Porco.

Carne de Porco no Carvão
(Lombinhos de porco, entremeada, entrecosto e piano)
A carne de porco no carvão fica absolutamente saborosa.
É fundamental temperar com algum tempo de antecedência, de preferência de véspera.
Tempere com sal da Ria Formosa (se tiver), limão e alho.

Dedique tempo ao carvão pois é fundamental que as brasas fiquem bem no ponto.
Coloque as várias peças da carne de porco por cima da grelha e pincele com azeite temperado. Inove nos temperos dos azeites, picantes ou aromatizados.
O carvão vai fazer o resto.

O acompanhamento foi apenas rabanetes e tomate cereja cortados às rodelas e rúcula temperada. 

Belo petisco!




13 de maio de 2013

Couve-flor de Fricassé



A inspiração para este fricassé de couve-flor saiu deste livro fantástico que além de ser muito bonito é também muito informativo:
Cozinhar com Vegetais, de Maria de Lourdes Modesto e com fotografias de António Duarte Mil-Homens, 1.ª edição 2005, Editorial Verbo (que, por sinal, tive a honra de paginar e de fazer a capa).
Encontra na página 194 a receita de Nabos de Fricassé, que é fabulosa!


Para a Couve-Flor de Fricassé fiz da seguinte maneira:

Aprox. 600/700 grs. de couve-flor
1 cebola grande
2 colheres de sopa de manteiga
caldo de galinha
tomilho limão
um pouco de farinha maisena para engrossar
3/4 gemas de ovos
1 limão
sal e pimenta
salsa picada q.b.

Lave bem a couve-flor e arranje-a de forma a ficarem pedaços mais pequenos.
Pique a cebola e coza-a com a manteiga sem deixar ganhar cor.
Junte a couve-flor e deixe-a estufar um pouco.
De seguida, regue com o caldo de galinha quente e junte o tomilho limão. Deixe a couve cozer em lume baixo até ficar macia, mas não desfeita.

Á parte, dissolva a maisena num pouco de caldo frio e junte as gemas (tenha em atenção o tamanho dos ovos, pois se forem muito pequenos o fricassé pode ficar descorado, e este prato quer-se bem amarelinho), o sumo de limão e tempere com sal e pimenta. Adicione a salsa.

Finalmente, junte o preparado das gemas ao caldo da couve que deve estar a ferver. Baixe o lume e deixe, agora, engrossar sem ferver.

12 de maio de 2013

Convidado especial


Uma boa sugestão para beber enquanto os pastéis de bacalhau do post anterior não estão prontos. Fulgor (branco 2010) Quinta da Folgorosa. Um branco com volume mas sem perder o frutado.

Pode encontrar este vinho nos seguintes locais, em Lisboa:
- Rua Augusto Machado, 10 D (Almirante Reis)
- Garrafeira Baco Alto, Rua do Norte, 41 (Bairro Alto)

9 de maio de 2013

Pastéis de Bacalhau


Há muito tempo que não fazia pastéis de bacalhau pois associava-os a preparativos demorados. Afinal até foi simples, apesar de levar um certo tempo a fritar. Mas compensa. Este tempo de confecção é excelente para bebericar e conversar. Surgiu a dúvida, branco ou tinto? Claro, estamos a falar de vinho!!! Alguma sugestão?

Pastéis de Bacalhau

Aprox. 500 grs de bacalhau
Aprox. 400 grs de batatas para puré
1 cebola
3 a 4 ovos
Sal, pimenta e noz moscada
1 cálice (pequeno) de Vinho do Porto
Salsa picada

Com as batatas faça um puré. Coza o bacalhau, escorra-o e tire a pele e as espinhas. Há sempre a hipótese do bacalhau congelado, mas que não é tão saboroso. O bacalhau deve ficar bem desfiado.

Numa tigela junte o puré de batata, o bacalhau e o resto dos ingredientes:
o Vinho do Porto, a salsa, a pimenta, o sal e a noz moscada.

Adicione, por fim os ovos um a um mexendo sempre entre cada ovo, pois pode ser que não sejam precisos os 4 ovos. A massa não deve ficar muito mole.

Com a ajuda de duas colheres molde os pastéis, e frite em óleo bem quente para não se desfazerem.

Sugestão de acompanhamento: arroz de tomate malandrinho.

6 de maio de 2013

Formidável!


Este bolo chama-se originalmente Bolo Sintra, mas há também, cá pelos nossos lados, quem lhe dê o nome de Formidável. E que bem que lhe assenta!!!

Bolo Sintra

250 grs de açúcar
200 grs de farinha
125 grs de manteiga
2 dl de leite
2 ovos inteiros
1 colher de sopa de fermento
Canela (opcional)

Junta-se a manteiga e o açúcar e bate-se muito bem. Acrescentam-se os ovos e volta a bater-se muito bem.
A pouco e pouco junta-se a farinha, o fermento e o leite. É preciso ter cuidado para não formar grumos. Em forma bem untada, vai ao forno em lume médio.

A esta receita juntei um bom bocado de canela em pó, o suficiente para a massa ficar escura e a saber bem a canela.

A canela é opcional. Pode em vez dela juntar-se, por exemplo, chocolate em pó ou bocados de maçã, etc.

5 de maio de 2013

Sabores Alentejanos




Bochechas de porco de coentrada

Azeite
Banha
Uma haste de alecrim
3 dentes de alho
vinho branco
pimenta verde
metade de um molho de coentros

Batatas pequenas
1/2 chouriço de porco preto
pão ralado

Aquecer num tacho o azeite, a banha, os alhos e grãos de pimenta esmagados grosseiramente, juntamente com o alecrim.
Juntar as bochechas previamente temperadas (sal, alho, vinho branco).
Quando estiverem alouradas, de um lado e de outro, adicionar um pouco do vinho da marinada, acrescentando um pouco se for necessário.
Juntar os coentros picados e deixar estufar bem, em lume brando.

Lave as batatas, cortando-as ao meio se não forem muito pequenas. Aqueça água num tacho, com um pouco de sal e escalde as batatas na água a ferver durante uns minutos.
Enquanto isso, pique meio chouriço de porco preto juntamente com pão ralado, de modo a obter um granulado relativamente homogéneo.
Disponha as batatas num tabuleiro de ir ao forno e regue-as com um pouco de azeite, polvilhando-as com o granulado de chouriço e pão ralado. Leve ao forno (previamente aquecido) para acabar de assar as batatas e tostar a cobertura.


O convidado especial foi



Monte da Peceguina da Herdade da Malhadinha (tinto, 2011) cumpriu a tradição no que respeita ao equilíbrio entre cor e corpo, aroma e sabor. Deu-se bem com a textura e os sabores das bochechas e foi óptimo companheiro das batatas.

E houve uma falha!
A sobremesa... poderia ter sido Sericá com ameixas de Elvas.
Vai ter de ficar para a próxima. Um bom pretexto para fazer esse doce, que nunca fiz.

Encontra uma receita de Sericá, na página 250 da 1ª edição, 1982, de Cozinha Tradicional Portuguesa de Maria de Lourdes Modesto.


2 de maio de 2013

Quilt em patchwork


O segundo quilt que fiz demorou quase um ano a estar pronto... mas foi por preguiça de coser o binding à mão. O binding é a fita com que se debrua o quilt.
Entretanto, encontrei num blog que gosto muito, Red Pepper Quilts, uma explicação fantástica para cozer o binding à máquina. E de repente o quilt estava pronto!