Após uma visita à magnífica casa, que conserva
exteriormente a traça original, contributo decisivo para a criação de um
«espírito do lugar», seguimos as explicações do Eng. Melícias relativas aos
solos argilo-calcários, profundos e aos cuidados com que segue a vinha.
Actualmente, a Quinta da Folgorosa
comercializa quatro marcas com a denominação «Vinho Regional de Lisboa», dos
quais iniciámos a prova na adega da quinta pelo Fulgor Branco 2011, já mencionado neste blogue.
Diferente da edição anterior, é agora um vinho
mais leve, combinando as castas Arinto e Fernão Pires. Não tem um perfil
especialmente cítrico, mas apresenta um frutado exótico, aberto e fresco. Suave
e elegante (12%/Vol.), dele se engarrafaram 4800 unidades.
O Fulgor
Tinto Edição Especial 2009 resulta da combinação das castas Aragonez,
Syrah, Touriga Franca, Castelão, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon.
Trata-se de um vinho correcto e equilibrado, com notas de frutos negros e
mentoladas, tudo muito suavizado e versátil, com o teor alcoólico de 13%/Vol., tendo obtido a medalha de bronze no concurso da Decanter, 2013. Dele se engarrafaram 20 000
unidades.
O Quinta
da Folgorosa tinto é o vinho mais emblemático da Quinta da Folgorosa e,
durante algum tempo, o topo de gama da casa. Fizeram-se 6700 garrafas da
colheita de 2009. As castas
utilizadas são Aragonez, Syrah e Alicante Bouschet. Com vinificação em cubas de
inox e 6 meses de estágio em barricas de carvalho francês. De cor rubi, muito
intensa, apresenta notas de frutos do bosque e de especiarias (baunilha,
canela). É um vinho de perfil clássico, correcto, elegante (13%/Vol.). À mesa
tem certa versatilidade: carne vermelha, aves, massas, queijos de pasta mole.
Provámos o Quinta da Folgorosa Reserva 2010 quando ainda estava a ser engarrafado.
Constitui agora o topo de gama dos vinhos da Quinta. E todos os elogios são
merecidos: é um vinho muito bem feito, elegante e harmonioso, que apresenta um
corpo em perfeito equilíbrio com o teor alcoólico (14%/Vol.), com notas de
compota e cereja preta misturadas com tosta e chocolate, com um final de boca
longo e muito elegante. O vinho é feito com as castas Aragonez, Tinta Franca,
Syrah e Alicante Bouschet e foram engarrafadas apenas 1100 unidades. À mesa
requer carnes vermelhas, preferencialmente assadas, ou caça, ou queijos.
A visita à Quinta da Folgorosa (onde se começa
também a fazer turismo de habitação) foi muito proveitosa. O conjunto de vinhos
que sai da adega da Quinta merece a atenção de todos os apreciadores.
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