26 de junho de 2013

Geladaria em casa


É um bom programa ir à geladaria..., mas é possível em casa ter os mesmos gelados. Com a vantagem de que pode encher o cone as vezes que quiser!

Caixas de gelado Santini, Haagen-Dazs ou Olá, todos no El Corte Inglés (que também tem uma marca própria).
Cones em bolacha Harry's, também no El Corte Inglés
Toppings vários no Jumbo (granulado de chocolate, corações de açúcar ou bolinhas multicores, entre outras hipóteses).

23 de junho de 2013

Convidado especial


Os finais de tardes quente requerem vinhos especialmente agradáveis, equilibrados e refrescantes. 
É o caso do Vallado (Douro), branco 2012, feito com Arinto, Gouveio, Rabigato e Viosinho.
Muito equilibrado, leve, com a acidez suficiente para eliminar qualquer secura e evidenciar um toque citrino.

22 de junho de 2013

Convidado especial


O vinho convidado para acompanhar o folhado de peitos de codorniz foi o Terras do Pó, Castas 2009 (Syrah e Petit Verdot) da Casa Ermelinda de Freitas.
Vinho escuro, opaco e homogéneo, inicialmente apresentou-se fechadíssimo no nariz e, à primeira impressão, fortemente adstringente, pareceu não ter estrutura suficiente para aguentar o teor de álcool (14,5º).

Pura ilusão provocada pela pressa.

Deixado a respirar, em breve abriu os aromas escondidos, crescendo, revelando frutos negros, negríssimos, bem integrados num conjunto muito poderoso e intenso, que dialogou plena e proficuamente com o folhado. Muito bom. E tem tudo para melhorar com o tempo.

Folhado de peitos de codorniz

Peitos de codorniz (uma embalagem)
2 cebolas grandes
cenouras
tomilho-limão
vinagre de vinho branco
1 pimento vermelho assado
sal, alho, pimenta, pimenta verde, pimenta rosa e limão

Tempere uma embalagem de peitos de codorniz com sal, alho, pimenta e limão. Deixe-os temperados de um dia para o outro.

Corte as cebolas em rodelas finas e passe-as por azeite, numa frigideira, juntamente com 2 ou 3 cenouras cortadas em cubos pequenos. Quando estiverem bem transparentes (convém deixá-las bastante tempo) junte uma boa porção de pimenta verde e rosa, grosseiramente moídas, alguns pedacinhos de bacon (a qualidade do bacon é importante, o escolhido neste caso foi o da marca Minho Fumeiro), um dente de alho esmagado, e envolva tudo.

Junte os peitos de codorniz, inteiros e previamente desossados, folhas de tomilho-limão e deixe fritar um pouco, acrescentado sempre mais tomilho.
Regue o cozinhado com vinagre de vinho branco, com abundância, mas sem exagero. Deixe evaporar e adicione um pimento vermelho assado (se não quiser assar o pimento, pode usar pimentos já assados e embalados).

Junte mais tomilho-limão (só folhas) e continue a envolver tudo durante algum tempo, pelo menos até os peitos ficarem bem corados. Desligue o lume e deixe arrefecer um pouco, de modo a que o cozinhado fique relativamente homogéneo e sem excesso de gordura.

Estenda a massa folhada formando quadrados grandes e polvilhe um tabuleiro de ir ao forno, que deve ter já posto a aquecer a 200º.
Coloque os peitos de codorniz e o resto no centro do quadrado e dobre a massa puxando cada um dos vértices para o centro. No entanto, poderá optar por qualquer outro forma que considerar adequada.

Pincele a massa com gema de ovo e leve ao forno durante meia-hora, vigiando regularmente de modo a regular a cozedura da massa a seu gosto. Aqui em casa gostamos dela, ligeirissimamente mal cozida no interior.

Acompanhe o folhado com uma salada simples e um vinho que lhe faça justiça.








19 de junho de 2013

Loja Verde Azeitona



Os visitantes habituais do Verde Azeitona já devem ter notado que há, de algum tempo a esta parte, uma novidade no blogue: uma «Loja». A Loja Verde Azeitona. Os visitantes mais antigos já certamente tinham mesmo percebido que, para além da cozinha e dos vinhos, também a costura fazia parte do universo próprio do blogue.

Assim surgiu a ideia de fazer uns sacos para o Verão, a que chamei «sacos ao quadrado», pois são sacos «duplos» que aumentam de dimensão quando é necessário e utilizam essa característica funcional como elemento estético que lhes dá mais graça e personalidade. A verdade é que os factos têm agradado e, com grande surpresa e felicidade minha, até agora tem corrido muito bem.

A ideia dos sacos e da sua divulgação fez surgir a Loja como entidade autónoma. E a ideia da Loja já fez surgir muitas outras ideias que espero conseguir pôr em prática. O princípio será sempre o mesmo: tudo artesanal, feito à mão, apostando na qualidade dos materiais e no jogo das cores, padrões e texturas.

Obrigado a todos os visitantes pelas visitas e pelo apoio.


14 de junho de 2013

Açorda de Poejos com Bacalhau




A minha segunda participação no desafio do blog Hoje para Jantar em conjunto com a marca de Bacalhau Dias, nas receitas tradicionais é:

Açorda de Poejos com Bacalhau

Um  lombo de bacalhau bem demolhado (varia em função do número de comensais).
Pão alentejano, se possível com alguns dias.
Poejos
Azeite
Alho
Ovos (facultativo)
Num alguidar (ou outro recipiente com a dimensão necessário) esmague um dente ou dois de alho, com um pouco de sal para ajudar à trituração, azeite e uma porção de folhas de poejo.
Entretanto coze-se o bacalhau numa panela com bastante água.

Parte-se o pão em pequenas fatias, escolhendo preferencialmente as bordas, com côdea.
Coloca-se o pão partido sobre o azeite, com alho, sal e poejo.

Quando o bacalhau começar a lascar, retira-se da água e coloca-se sobre o pão, de um lado. Coloque no cimo uma haste de poejos para dar um suplemento de aroma.

Deita-se a água a ferver sobre o pão, de modo a que fique totalmente coberto. Como o pão absorve a água, é melhor esperar uns segundos para repetir a operação cuidadosamente.

Na restante água podem escalfar-se ovos, tendo o cuidado de não os deixar tempo de mais. Assim que criarem uma fina película sobre a gema devem retirar-se rapidamente, com cuidado. Se for só um, pode colocar-se no alguidar. Se forem mais, é melhor colocá-los directamente nos pratos.

Sirva de imediato, tendo o cuidado de incluir uma porção de bacalhau juntamente com a açorda.

Bacalhau com Abóbora e Laranja


Esta receita de Bacalhau com Abóbora e Laranja surgiu a pensar no desafio que o blog Hoje para Jantar fez em conjunto com a marca de Bacalhau Dias.
Escolhi o tema receitas re-inventadas.

A abóbora e a laranja, sendo doces, ligaram muito bem com a salinidade do bacalhau e do bacon. A salva fresca, com o seu sabor forte, que não é para todos os paladares, adstringente e um pouco amargo, completou a ligação entre o doce e o salgado.


Bacalhau com Abóbora e Laranja

Lombos de bacalhau
Abóbora qb
Bacon qb
Sumo de laranja
Salva
Azeite e alho

Para o bacalhau:
Demolhe o bacalhau. Coloque os lombos num pirex com azeite e alho e asse-os no forno (ou na chapa, ou no carvão).

Para o molho:
Coza muito bem um pouco de abóbora, e reduza a puré. Junte sumo de laranja, o suficiente para ficar um molho espesso (deve ficar um pouco mais cremoso do que o molho da foto).

Para o acompanhamento:
Corte abóbora em quadradinhos. Numa frigideira com um pouco de azeite, frite o bacon. Junte a abóbora em quadradinhos e deixe «caramelizar» um pouco. Deve ficar al dente. Acrescente folhas de salva fresca cortadas. Sirva de imediato.

Prepare tudo de forma a que o acompanhamento e o molho estejam prontos mal o bacalhau esteja assado, para estar tudo quente e apetitoso!

13 de junho de 2013

Convidado especial



Apesar dos ecos ameríndios do nome, a Quinta do Quetzal fica na região da Vidigueira, Alentejo.
Provámos pela primeira vez o Tinto Reserva de 2008 e a prova correspondeu plenamente à recomendação. Optámos por fazer a prova com uma selecção muito pequena de queijos, que não se intrometesse em demasia na prova e que proporcionasse uma refeição leve em que a estrela fosse o próprio vinho.
Além da recomendação de viva voz, o vinho ostentava diversos prémios em concursos internacionais, para além do 17 que mereceu de João Paulo Martins na edição de 2012 do seu guia.

Segundo o produtor, é produzido em solos xistosos de potencial produtivo médio com acentuado declive. O lote é constituído por Petit Syrah (50%), Trincadeira (15%) e Alicante Bouschet (35%).

Diz-se na ficha técnica do vinho que «As uvas são colhidas para pequenas caixas e imediatamente transportadas para a adega e arrefecidas até uma temperatura de 15ºC, depois são desengaçadas e ligeiramente esmagadas para dentro de um balseiro de Carvalho Francês. A fermentação ocorre durante 8 dias, a uma temperatura de 26ºC, com 4 ou 5 remontagens diárias durante 15 minutos cada.

Após a fermentação alcoólica, o vinho é colocado em barricas de 225 Lts, de Carvalho Francês onde vai estagiar durante 12 meses e estagia em garrafa 8 meses».

O teor alcoólico é 14%. A temperatura recomendada para beber é 16º.


É um vinho com grande concentração, opaco, cujo aroma abre lentamente, mas que claramente indicia ameixa ou amoras negras maduras, mas não exclusivas nem esmagadoras, tal como a madeira não excede o toque distinto. 

É ao mesmo tempo um vinho com carácter e um vinho equilibrado. Tem volume, não o suficiente para ser um vinho de «mastigar», mas a sua suavidade é, digamos, poderosa.

Podendo fazê-lo, será bom guardar algumas garrafas. Bebido já é altamente satisfatório.


11 de junho de 2013

Chá e Scones


Com este tempo só apetece Chá e Scones com manteiga e doce de cereja.

250 grs de farinha
1 colher de sopa de açúcar
1 colher do sopa de margarina derretida
6 colheres de sopa de leite
1 colher de sopa de fermento, mal cheia
2 ovos grandes, inteiros

Mistura-se tudo e bate-se muito bem.
Dá para 14 formas pequenas untadas de margarina e passadas por farinha.

O doce que tinha em casa é de cereja, mas fica bem com qualquer compota.

8 de junho de 2013

Lombinhos de porco com cogumelos


Do livro Cogumelos do campo até à mesa de Maria de Lourdes Modesto e J. L. Baptista-Ferreira, com fotografia de Vasco Lourenço Pereira (Editorial Verbo), saíram estes "Lombinhos de Porco em Caçarola".

2 lombinhos de porco
2 colheres de sopa de massa de pimentão ou de mostarda
azeite, gengibre ralado, alecrim em haste, tomilho em molho, sal e pimenta
1,5 dl de vinho branco
500 gr silarcas e 6 cantarelos
pimentos vermelhos, amarelos e verdes
2 colheres de sopa de milho doce (não utilizei)

Esfregue os lombinhos com a massa de pimentão ou de mostarda (foi este o ingrediente utilizado como base da massa), com o azeite, o gengibre, o alecrim picado, o tomilho (usei folhas de tomilho-limão), o sal e a pimenta. Regue com o vinho branco e deixe a marinar de um dia para o outro.

Lave os cogumelos e corte-os em fatias grossas. Faça o mesmo aos pimentos. Leve ao lume forte o azeite, os cogumelos e os pimentos, mexendo-os.

Escorra os lombinhos da marinada e deixe-os alourar bem, no azeite, de todos os lados.

Coloque-os num tabuleiro, regue-os com a marinada e espalhe por cima mais alecrim e tomilho. Vão ao forno (180ºC) cerca de 15 minutos aproximadamente.

Corte os lombinhos em fatias grossas e, no recipiente onde os vai servir, junte os cogumelos e os pimentos. Decore com alecrim.



3 de junho de 2013

Dois gelados de amêndoa

Comi em casa de uma amiga um gelado de amêndoa muito bom. Infelizmente a receita era segredo... Percebia-se que tinha leite condensado, as amêndoas estavam torradas e mais qualquer coisa. Pesquisei na internet e encontrei este:

Gelado de amêndoa
1 lata de leite condensado (eu fiz com leite condensado cozido)
2 pacotes de natas
250 gr de amêndoa torrada moída

Bata as natas (até ficarem bem duras).
Junte-as ao leite condensado e misture bem.
Por fim junte as amêndoas e leve ao congelador até obter a consistência desejada.
Retire do congelador algum tempo antes de servir.



Tive alguma dificuldade em desenformar, porque não tirei com a devida antecedência do congelador. Calculo que no princípio do jantar seja a altura certa. Para ajudar a desenformar também pode passar a forma num pouco de água quente.

Ficou bom, mas não fiquei contente! Por isso tentei novamente com uma ligeira alteração à receita:

Gelado de amêndoa "com alteração Verde Azeitona"
1 lata de leite condensado
2 pacotes de natas
250 gr de amêndoa inteira Beirabaga. São amêndoas cobertas de açúcar caramelizado.

Xarope de caramelo líquido.

Bata as natas, até ficarem bem duras.
Junte o leite condensado e misture bem.

Faça 2 camadas alternadas deste creme e de amêndoas, umas inteiras outras em pedaços, e regue com o xarope líquido de caramelo.
Leve ao congelador até obter a consistência desejada.
Retire do congelador algum tempo antes de servir.

Esta versão ficou muito boa. Quase diria que ficou parecido com o Pralines & Cream da Haagen Dazs (o meu gelado preferido dessa marca)!

Só houve um problema: não esteve tempo suficiente no congelador para ser desenformado e cortado à fatia, teve de ser servido à colher.